A mulher nas Congadas nem sempre esteve em evidência. Era figura essencial, mas para atividades de bastidores – como cozinhar, varrer terreiros e preparar as fardas dos ternos. Depois de alguns anos, pouquíssimas participavam efetivamente dos festejos: uma mulher representava a rainha, outras as princesas e existiam as juízas – que eram mulheres mais velhas que acompanhavam o reinado.
Há registro históricos que apontam que as mulheres começaram a participar das Congadas, mas não dançavam na linha, não batiam caixa nem tocavam instrumento algum. Apenas mulheres virgens eram convidadas para fazer juramento à bandeira. Com o passar do tempo, as mulheres foram recebendo a tarefa de carregar as bandeiras até que a tradição passou a ser de integrantes menores, meninas e moças.
E elas foram ganhando espaço… São a maioria no grupo de voluntários na fabricação de biscoitos e nas novenas e missas. Mas, hoje, estão presentes em todos os momentos da Festa do Rosário. E é o que você confere nas próximas páginas. Imagens delas, que deixam suas marcas na delicadeza dos passos das bandeirinhas, no bailado da rainha e nos ternos de várias formas – com a dança, ao tocar algum instrumento, louvando e encantando aos devotos que acompanham as Congadas de Catalão.